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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Poema : Pontos


                                                   Poema de Rodrigo Silva Vieira ( Mi hijo, estudiante de Historia en USP) 
                                                   Solo Dios sabe la dificultad que es para un chico de 18 años que nunca pudo ir a una escuela pagada en Basil aprobarse en una Universidad publica. Yo como padre sé lo dificil que fue y aún sigue siendo para que él siga estudiando alli. Sin ayuda de nadie y todavia con el drama de quedarse sin casa, pues nosotros estamos viviendo en una casa alquilada, sin dinero para pagar el alquiler. En nuestro país las personas no son valoradas como merecen y me duele mucho no poder ayudarle en su exito.
Pontos
Tinha os pés pousados na areia
mas a cabeça nunca estava no lugar.
Grãos brancos transformados pela Lua
olhos negros encantados pelo mar.

Ficou ali mirando um tempinho
seu coração logo bateu em disparada.
“Teria o silêncio o som das ondas,
ou as ondas teriam o som do nada?”
Começou a caminhar a jovem alma,
hipnotizada pela sensação do infinito.
A brisa lhe disse “Tenha calma”,
“Mas não existe um vislumbre tão bonito!".
As ondas se encontravam inconstantes,
acostumadas com regras e vaivém.
Eram rudes sempre que contrariadas,
mas muito dóceis quando tudo estava bem.
O jovem aproximou-se com cautela:
“Tenho medo, eu não quero me afogar”.
Mas o mar lhe sussurrou muito baixinho
“Tenha certeza que eu não vou lhe machucar”.
O garoto não estava preparado
Mas o oceano agitado lhe puxou.
Queria tê-lo logo sempre consigo
Mas ao contrário, o menino se assustou.
Começou a correr longe das ondas
ansiando por firmeza e liberdade.
Mas ao buscar refúgio entre as pedras
sentiu no peito um pouquinho de saudade.
As águas se lamentavam todo dia,
engolindo barcos numa forte ressaca.
Queriam descontar tanta amargura
mas essa força o menino afastaria.
Pediu alguns conselhos para a Lua,
ela disse: “Eu irei lhe ajudar!”
“Mantenha sempre as ondas leves
tenho certeza que ele irá voltar”.
O garoto de noite voltou à praia,
em busca de seu perdido coração.
Encontrou-o na Lua e na brisa,
mas também ao longe na rebentação.
O mar daquela vez não impôs nada
E nas águas só se podia sentir.
“É a única exigência que lhe faço,
além de sempre querer te ver sorrir”.
O garoto por fim fechou os olhos
contemplando um começo de jornada.
“Teria o silêncio o som das ondas,
ou as ondas teriam o som do nada?”

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